Um dos benefícios do Pilates é melhorar o equilíbrio do corpo. O equilíbrio garante a execução dos movimentos que consideramos simples para o corpo, como andar, correr ou ficar em pé.
Quando a estabilidade é comprometida, uma série de desconfortos atingem a pessoa, que tem a sua mobilidade prejudicada.
Os músculos são a principal estrutura que dá mobilidade ao corpo. O sedentarismo e uma alimentação pobre em proteínas reduz a massa muscular e, consequentemente, o corpo perde força e resistência, comprometendo o equilíbrio, a coordenação motora e a mobilidade.
Outro fator que prejudica o equilíbrio são as doenças neurológicas, que podem ser provenientes de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou aparecem de forma natural com o envelhecimento.
Benefícios do Pilates para aumentar o equilíbrio
O fortalecimento muscular é um dos benefícios do Pilates. O trabalho feito especialmente na região do centro do corpo, conhecida como core e que envolve um conjunto de músculos que formam um centro de força na parte abdominal.
Quando o core é fortalecido, ele garante estabilidade ao tronco. Esse trabalho, aliado a outros exercícios com pernas, braços e costas, promovem o aumento de massa muscular por completo em todo o corpo, aumentando a força e o equilíbrio.
Alguns treinos específicos do Pilates utilizam materiais que desafiam o equilíbrio e ajudam a melhorar esta habilidade, como a bola, o foam roller, o meio rolo, o disco de equilíbrio, o disco de rota e o bosu.
A importância do equilíbrio na velhice
Quando envelhecemos, ficamos mais vulneráveis a quedas e corremos maior risco de termos contusões, fissuras e fraturas nos ossos. Além disso, perdemos massa muscular e o nosso organismo diminui a capacidade de absorver nutrientes. A reabilitação física também fica comprometida e limita a mobilidade.
Porém, a limitação física também pode ser causada por doenças neurológicas. Como exemplo, temos a esclerose múltipla, acidente vascular cerebral (AVC) e a doença de Parkinson. Para estes casos, as técnicas de Pilates se diferenciam do trabalho convencional. Os exercícios são aplicados de acordo com a doença e seu nível de gravidade.
Vamos tomar como exemplo um pacientes vítimas de AVC e que teve um dos lados do corpo paralisado. Isso compromete atividades naturais, como a respiração. Com o Pilates, é possível realizar treinos mais focados. Além disso, realiza-se exercícios que aumentem a capacidade respiratória. Como benefício, o paciente sente menos fadiga durante as sessões e nas atividades diárias.
Já na parte muscular, são realizados exercícios que trabalham dois pontos. Um deles procura preservar a força e aumentar a amplitude de movimentos nas partes preservadas. Essa ação estimula os músculos das regiões afetadas, ação fundamental para ativar a neuroplasticidade. Este termo se refere à capacidade do sistema nervoso de se moldar e se adaptar em situações em que o corpo se depara com novas experiências.
A abordagem não se limita apenas à parte física, mas requer uma reabilitação neurológica. Isso faz com que o cérebro responda aos estímulos e readquira os comandos de movimentos perdidos. Quando corresponder ao tratamento, o paciente pode readquirir, de forma parcial ou total, sua capacidade de se equilibrar. Assim, ele aumenta a independência e autonomia na realização de tarefas comuns do cotidiano.
