A queda de uma pessoa idosa é sempre um motivo de grande preocupação. Após os 60 anos o corpo já não tem a mesma resistência, os ossos se tornam mais frágeis, há perda de massa muscular, o equilíbrio fica mais comprometido e a própria redução dos sentidos, como visão e audição, se torna mais um obstáculo aumentando o risco de acidentes.
Os idosos já não possuem mais o condicionamento físico de quando estavam na meia idade e estão com o metabolismo mais lento, o que reduz a absorção de nutrientes para a regeneração dos ossos. Esses processos naturais do envelhecimento prejudicam a reabilitação física dessas pessoas e uma queda pode ser um fator incapacitante, quando não provoca consequências piores. A lesão mais comum entre os idosos é a fratura no fêmur. Dos casos registrados anualmente, cerca de 30% levam à morte do paciente em até um ano.
A população de pessoas maiores de 60 anos aumenta a cada ano. Hoje no Brasil vivem 30 milhões de idosos. Nos últimos cinco anos houve um aumento de quase cinco milhões de pessoas nesta faixa etária, segundo o IBGE. Portanto, é importante investir em prevenção para que este grande número de idosos possam viver mais, mas com disposição, segurança e qualidade de vida.
Além dos problemas físicos, as quedas também provocam traumas psicológicos. O medo de uma nova queda pode gerar uma série de restrições e inibir hábitos que antes eram frequentes, como fazer uma caminhada, sair para passear ou até mesmo usar o banheiro sozinho. Tudo isso pode provocar isolamento social, depressão e outros problemas de saúde que comprometem o convívio social e o lazer. Mas só aumentar a segurança dentro de casa ou em locais que recebam pessoas idosas, como a instalação de barras e pisos antiderrapantes não basta.
Para evitar quedas em idosos, atividade física é fundamental
Não há remédio melhor para prevenir quedas em idosos do que manter uma atividade física regular. Para os mais velhos são recomendados os exercícios que trabalham a força muscular, o aumento de massa e a melhora do equilíbrio. Uma boa alternativa para esse desenvolvimento é o Pilates.
Ao iniciar uma atividade em um estúdio de Pilates, o idoso (ou idosa) recebe uma atenção individualizada e, após a avaliação, é elaborado um programa de treinos adequado à condição física e às limitações do praticante. Os exercícios do Pilates atuam no fortalecimento muscular, na melhora do alongamento, da flexibilidade e do equilíbrio. Uma das bases do Pilates é fortalecer o chamado centro do corpo, a região abdominal, o que reduz a sobrecarga na coluna e corrige a postura, o que aumenta a estabilidade do idoso para realizar as tarefas e deslocamentos da rotina diária.
Com poucas sessões já é possível perceber uma melhora significativa na força, na mobilidade, na flexibilidade e no equilíbrio. A boa notícia é que o Pilates pode ser praticado por todas as pessoas de qualquer faixa etária, mesmo aquelas que não têm hábito de fazer uma atividade física, já que o desenvolvimento dos exercícios é feito de forma gradual. Com o aumento da expectativa de vida é fundamental investir em hábitos saudáveis para aproveitar a terceira idade com energia e vitalidade.
