O Pilates terapêutico, também conhecido por Pilates Clínico, veio para agregar nos processos de reabilitação de pacientes que estão em fase de recuperação ou tratamento de diversos tipos de patologias. A prática foi ganhando tanta importância que hoje muitos fisioterapeutas são também instrutores de Pilates, uma iniciativa pioneira do Brasil quando o assunto é reabilitação física em relação ao que é costumeiramente praticado no mundo.
Pilates terapêutico e fisioterapia
Sessões repetitivas e por muitas vezes desmotivadoras de fisioterapia podem causar uma interrupção do tratamento por desistência do paciente. Por isso, muitos fisioterapeutas têm se especializado nas técnicas de Pilates, o que ampliou o repertório de exercícios, tornando a prática mais atrativa e eficiente no tratamento de pessoas que estão em recuperação. Problemas como hérnia de disco, desvios na coluna (escolioses), dores lombares, lesões nas articulações, principalmente nos joelhos, têm sido superados ou amenizados com um trabalho complementar do Pilates à fisioterapia.
Avaliação e objetivos
Para iniciar um trabalho utilizando as técnicas do Pilates terapêutico é necessário fazer uma avaliação completa do quadro de saúde do paciente. Avaliação da condição física, de exames e a própria anamnese, que são aquelas perguntas sobre o histórico clínico do paciente, são fundamentais para fazer o diagnóstico e traçar os objetivos do tratamento. Uma vez determinado o músculo ou ligamento comprometido, é possível definir quais serão os exercícios a serem utilizados, que podem ser mobilizações, alongamentos ou planos de fortalecimento.
O Pilates terapêutico pode ser aplicado em qualquer fase da patologia. Pode ser em uma fase inicial, em que o objetivo é evitar a progressão do problema, em nível intermediário ou até mesmo em um processo pós-cirúrgico em que o paciente precisa de uma terapia para restabelecer sua condição física.
No processo de reabilitação, uma característica do Pilates tem uma grande vantagem em relação à fisioterapia. Enquanto a fisioterapia se encerra com a alta do paciente e sua reabilitação, o Pilates pode passar de um processo terapêutico para uma atividade física. Seus exercícios com foco no fortalecimento do abdômen, respiração e flexibilidade, podem ser mantidos após a reabilitação. Com isso, o Pilates atua na prevenção para evitar o aparecimento de novas patologias e se torna uma rotina de atividade física, que promove relaxamento e bem-estar, mantendo o corpo sempre flexível e equilibrado e a postura corretamente alinhada.
Recomendações
O Pilates é recomendado para pessoas de todas as idades e com os mais diversos quadros de saúde. Porém, a depender da condição clínica do paciente, em uma situação mais crítica, é recomendável uma liberação médica para que o paciente possa progredir com a sua terapia sem causar riscos para a saúde. O plano de exercícios deve ser feito de forma personalizada, por um profissional com a devida formação técnica e qualificação em Pilates, respeitando as limitações do paciente para que a prática não ofereça riscos de lesões. Assim, o paciente aproveitará todo o potencial do tratamento e os objetivos são alcançados com sucesso.